Transtorno Bipolar: o que é e 7 sinais para identificar

Mulher de negócios em escritório moderno.
Dra. Flauzina Silva

O que é o transtorno bipolar

O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental caracterizada por alterações extremas de humor, que variam entre episódios de euforia (mania ou hipomania) e períodos de tristeza profunda (depressão). Essas oscilações não são simples variações de humor do dia a dia, mas mudanças intensas que impactam a rotina, os relacionamentos e a produtividade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pessoas convivem com o transtorno bipolar no mundo, mas ainda existe muito preconceito e falta de informação sobre a condição. Entender os sinais é essencial para buscar diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Diferença entre mania, hipomania e depressão

  • Mania: fase de euforia intensa, comportamento impulsivo e, muitas vezes, prejudicial.
  • Hipomania: versão mais leve da mania, sem perdas tão graves na funcionalidade.
  • Depressão: estado de tristeza profunda, falta de energia e desesperança.

O diagnóstico considera a alternância desses episódios ao longo do tempo.

7 sinais para identificar o transtorno bipolar

1. Oscilações extremas de humor

Mudanças bruscas entre euforia e tristeza profunda, sem motivo aparente.

2. Períodos de energia excessiva

Na fase de mania ou hipomania, a pessoa pode dormir pouco, falar rapidamente, apresentar ideias grandiosas e assumir comportamentos de risco.

3. Fases de desânimo intenso

Na fase depressiva, há desmotivação, perda de interesse por atividades prazerosas, cansaço constante e pensamentos negativos recorrentes.

4. Alterações no sono

O sono pode ser reduzido durante a fase de mania e, ao contrário, excessivo durante a fase de depressão.

5. Dificuldades nos relacionamentos

As oscilações emocionais dificultam a convivência, gerando conflitos familiares, problemas no trabalho e afastamento social.

6. Impulsividade e comportamentos de risco

Durante episódios maníacos, podem ocorrer gastos excessivos, uso abusivo de substâncias, comportamentos sexuais de risco ou decisões precipitadas.

7. Histórico familiar

O transtorno bipolar tem influência genética. Ter familiares diagnosticados pode aumentar a probabilidade de desenvolver a condição.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico deve ser feito por profissional de saúde mental, como psiquiatra ou psicólogo clínico. Ele avalia histórico, sintomas e frequência dos episódios.

Psicoterapia

A terapia é essencial para ajudar o paciente a compreender os gatilhos, organizar a rotina e desenvolver estratégias para lidar com as oscilações de humor.

Acompanhamento médico

O psiquiatra pode prescrever estabilizadores de humor, antidepressivos ou outros medicamentos, dependendo do quadro. O tratamento costuma ser de longo prazo e exige acompanhamento contínuo.

Estilo de vida

Além do tratamento clínico, mudanças no dia a dia podem contribuir:

  • Sono regular
  • Atividade física
  • Alimentação equilibrada
  • Redução do consumo de álcool e drogas
  • Rede de apoio familiar e social

O papel da família e da rede de apoio

Família e amigos têm papel fundamental. Entender que o transtorno bipolar é uma condição clínica, e não “falta de controle”, ajuda a reduzir julgamentos e preconceitos. Apoiar o tratamento, observar sinais de recaída e incentivar hábitos saudáveis são atitudes que fortalecem o processo de recuperação.

O transtorno bipolar é uma condição séria, mas tratável. Reconhecer os sinais e buscar ajuda precoce fazem toda a diferença para controlar os episódios e levar uma vida equilibrada.

A psicoterapia, associada ao acompanhamento médico, é o caminho mais eficaz para lidar com as oscilações de humor e recuperar qualidade de vida. Se você percebe sinais em si ou em alguém próximo, considere buscar apoio profissional. Cuidar da saúde mental é um ato de coragem e responsabilidade.


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